A vida não é relativa
A vida não é relativa
A assembleia legislativa de Nova York aprovou nesta semana uma lei que permite o aborto até o nono mês de gravidez. A lei torna legal para profissionais de saúde, realizar abortos até o 3° mês e até o nascimento em mães com risco de vida e foi tirado do código penal do estado como crime. Mas o que me inquieta é: até aonde vai os limites da democracia e do governo, será que um estado democrático poderia decidir se o bebê não é ou é uma vida humana?
Francis Schaeffer diz no seu livro “Como Viveremos?” o seguinte, diante da legalização do aborto nos EUA em 1973: “... o bebê não nascido não é contado como pessoa. Muitas pessoas achavam um absurdo que os nossos ancestrais não vissem o escravo negro como pessoa, porém hoje milhões de crianças não nascidas de todas as cores de pele são igualmente declaradas pela lei como serem indignos de serem considerados como pessoa.” O que ele quer nos dizer é que a vida humana, mesmo antes de sair da barriga da mãe já é imagem e semelhança de Deus (Gn. 1:26a), ela já é um ser humano e tem os seus direitos garantidos e é uma problemática muito grande da nossa sociedade ver os nossos bebês como seres indignos de serem considerados como pessoas. Estamos relativizando o valor inalienável da vida por uma decisão “democrática”.
A democracia deve ter um limite e não se tornar totalitária. Tornamos a democracia totalitária quando ela tenta aplicar o principio democrático a todo o sistema político e a todas as áreas da vida. Como afirma David Koyzis, que “é dessa forma que a democracia deixa de ser simplesmente uma forma de governo e se transforma num estilo de vida com raízes religiosas nitidamente idólatras”. Não podemos permitir que o estado democrático de direito decida o que é a vida, não podemos permitir que haja uma decisão que relativize da vida a ponto de decidir qual ser humano tem direito e qual não tem. Achamos um absurdo quando democraticamente foi decidido que o estado alemão matasse judeus, porém hoje vemos governos permitindo matar bebês e aplaudimos esse direito
Que nós como cristão venhamos a lutar pelo valor da vida, dos nossos bebês e de qualquer ser humano, que utilizemos o poder transformador do evangelho para isso
Felipe Xavier
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